Autor propõe reflexão: ´os gays querem direitos ou privilégios?`
A Câmara Municipal de São Paulo terminou as sessões extraordinárias da última quarta-feira (22) sem votar o projeto de lei 294/2005, do vereador do DEM, Carlos Apolinário (foto), que institui, no município, o Dia do Orgulho Heterossexual. O projeto foi incluído entre os itens a serem apreciados pela manhã, mas sofreu obstrução durante todo o dia. Caso fosse aprovado, demandaria apenas a sanção do prefeito Gilberto Kassab para que entrasse em vigor.
A proposta foi para a lista de projetos a serem apreciados nas próximas sessões. Porém, sua inclusão na ordem de itens prioritários dependerá de novo acordo.
O texto propõe que a data deverá ser comemorada todo terceiro domingo do mês de dezembro. Segundo autor do projeto, o dia foi escolhido aleatoriamente, sem razão especial, mas estabelece no projeto que ele passe a constar no calendário oficial do município.
O vereador enfatiza que agora está nas mãos da Prefeitura de São Paulo “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.
Carlos Apolinário afirmou ainda que a decisão de apresentar o projeto não tem vínculo com sua atuação religiosa. “Não misturo as coisas. Aqui eu sou o vereador Carlos Apolinário. A Assembleia de Deus é algo coisa particular.”
Apolinário explica que a lei não é contra a comunidade LGBT. “Hoje se fazem dezenas de leis favoráveis aos gays. Esse meu projeto é muito mais para fazer uma reflexão. Será que os gays querem direitos ou privilégios?”, afirmou.
O vereador também reforçou a contradição de a Parada LGBT ser mantida na Paulista, enquanto a Marcha para Jesus foi deslocada da avenida. “Tiraram Jesus da Paulista e deixaram os gays. Eu acho que está errado. Se não pode a Marcha para Jesus, não pode também a Parada Gay.”
Fonte: G1 / Redação CPAD News
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